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MEUS DUETOS


DUETOS...











I
ANJO SEM FRONTEIRAS
Anjo sem Fronteiras (Dueto Caroline & Rui)
És como um sôpro
que de uma lufada em meio a temporais
de meus desencantos
fostes sem o saber
designado por uma Mão
a delicadamente preencher
lacunas do meu viver
não conheço teu olhar,
teu cheiro de mar
toque a acariciar
tampouco senti calor esvoaçante
de ser alado que se faz
presença constante
mas transporta-te
aqui, no além-mar
mesmo que desterrado
raízes são postas
no coração sonhador
que não respeita fronteiras
procurando respostas
na busca de amar
*poema dedicado ao meu querido amigo Rui Ventura
CAROLINE SCHNEIDER
       XXX
De um sopro cheguei
E tal como um vendaval
Teus desencantos quero encantar
E sabendo ou não por qual Mão designado
Aqui devo encontrar e parar
E com carinho satisfazer
As Lacunas de teu Bel viver
Hoje conheço teu olhar
Teu cheiro de leves e variadas fragrâncias
O teu acariciar, meigo e manso como Olhar
E na continuidade conhecerás,
O Calor aconchegante.
E a real presença constante.
Do Além-mar aqui me transportei
Para conhecer Aquela a quem.
Fronteiras, a Vida impôs traiçoeira
E em seu coração sonhador.
Raízes profundas lançar
De um Ser que sim.
Sabe e quer Amar.
**Com este Poema fui Homenageado pela Minha Grande Amiga
Caroline Schneider, resolvi fazer o Dueto.
II
*OBRIGADO MUSA ENCANTADA. Beijokas para ti
INCOMPREENSÃO:
de Janeiro a Janeiro
de quatro a quatro
com um ano de permeio
quem imaginar podia
que assim um belo dia
depois de tudo o que dito e feito foi
de muito carinho a Amor inteiro
não restasse nem mesmo o dizer
porque, não quero mais te ver.
Das diuturnas conversas
dos setecentos despertar
dos bom dia com seu manjar
sem do aconchego se livrar
de repente assim, a esvoaçar
por intrigas e mentiras
que sem a oportunidade de esboçar
sequer defesa,
mesmo vendo em seu olhar
que à verdade estava a faltar.
Adeus, a culpa é sua
saia e nunca mais volte
nem mesmo à minha rua.
Compreender o humano,
não é fácil nem comum
aceitar quando se Ama
é obrigação e que nenhum
jamais disso duvide
hoje ou em dia algum.
Assim o Anjo sem fronteira
triste, cabisbaixo mas amando
para o mundo e sem mando
vai e por lá andando
sempre estará esperando
A Musa de quem tento gosta
ainda que mais não seja
para uma real resposta.
Beijo…Ao Meu eterno Anjo….
     ******
resposta a Ilusões de Caroline Schneider (dueto Carol & Rui
(…)
e um zunido
trancafiado em meus ouvidos
lograva ter-me ausente sombra
de um lampejo
meus olhos viam
o que a pele não sentia
tamanho frio que a noite trouxe
e eu sozinha
jurei ter tido
visão de ti
ao meu encontro
acalentava-e com pés e mãos
em fogo ardente
mas só o que tive
foi a sobra de uma brisa
a me lembrar que a solidão é gelo
que não derrete com ilusões
de um corpo quente
Caroline Schneider
******
Ilusões – resposta
… Quem não as tem?
Vão, Vêm e com elas,
Desilusões.
Assim chegam, ensinam,substituem.
à vida tudo atribuem.
Assim, um pouco se cresce,
Muito se aprende e nada “eternce”.
Ilusões, da última me não livrei.
Uma próxima, sei que terei,
de Amar não deixarei,
de me iludir, quiçá pararei
Aos Amantes ou não FELIZ 2010
III
Dialética (Dueto: Caroline & Rui Ventura)
sou pedra que chora
sou vidro que estilhaça
meu sorriso canta,
enxugando lágrimas
nos cantos, poças
covas rasas de intenso pranto
mas inda há brilho no olhar…
mesmo que por vezes se apague
nos percalços do meu caminhar
intenso o frio por falta de afago
calor que arrefeça a alma
escrevo, calando grito
como que alimentando gemido
quero colo, quero afeto
mas faço-me discreto
e, friamente,
saio pela tangente
e se precisar, bato o martelo
pois mesmo quando sou fraco
faço-me forte
assim eu sou
nada morno, nada pouco
ou tudo ou nada
sou Tese
sou Antítese
e por fim, Síntese
CAROLINE SCHNEIDER
*******
Das pedras o choro seco
Aos Vidros trarei a vida
Ao sorriso farei eco
Às lágrimas a despedida
Às poças água Límpida
Ao Pranto levo o alento
Eterno brilho lhe devolvo
A esse Olhar sempre atento
Ao seu eterno caminhar
Com ternura o frio eu findo
Com Carinho aqueço a Alma
Escrevo, ouvindo o grito
Tirado do fundo d’alma
Com afeto e colo te brindo
Embora sempre discreto
E Ternamente
Jamais te desencanto,
E Assim ao mundo grito
Quero a Musa deste canto
Da fraqueza a força faço
Forte sou, pois
Sou a pedra, sou o afago
E assim com você lado a lado
Nada morno atento e com cuidado
O calor a cola do “vidro”
Que veio para o seu lado
Tornar a vida colorida
Completa e emoldurada
Rui Ventura
*******
Vou Aportar Aqui
Vou aportar aqui
Trazer meu coração
Pra esta ilha
Amor não é só desilusão
Bem sabes que te quero
Mais que a lua
Quer o sol
Quero sorrisos
Abraçar teu olhar
E amanhecer
Em sol bemol
Acordo sem tuas mãos
A me enlaçar
Teu sustenido
Faz-me sair em busca
Do teu aconchego
Quero ter tua presença
Todos os dias junto a mim
Mas há um eco
E tua música
Não chega a meus ouvidos
CAROLINE SCHNEIDER
Sim, Aporte,
Traga seu Coração
E com ele os que lhe aprouver
Desilusões, Amor supera.
Especialmente quando o Querer
Ultrapassa grandes dimensões
Nos compara ao Astro Rei
Alegria Meiguices Deslevos
E em teu olhar me envolver
Amanhecer em Sol sustenido
Um tom acima
Em teu corpo cingido
Acordo por tuas mãos envolvido
Onde com candura, Te desejo
Bom dia, meu dengo.
A minha presença é tua
Pois esse foi teu querer
E no eco de teus sonhos
Música leve e sem enfadonhos
Nos envolve de mansinho
Pois com jeito, e com carinho
Ao porto chegaste
e não é sonho.
Tramas do Destino (Dueto: Carol & Rui Ventura)
Em tramas que me arrefecem
Compõem minha decomposição
Sorriem, debocham da minha anarquia
Relutam, sossegam e caem, por fim
Vislumbro um fio
Que me leva a outro lado
Uma sombra, um vazio
Que nem sei definir
Entre abismo de luz
E um vôo arriscado
Encontro o caminho
Mas me é sonegado saber
o destino do pouso
Leve-me, vento da madrugada
Brinque com meus cabelos
Deliciando a árdua jornada
Sussurre em minhas orelhas
Propostas que me deixem vermelha
E diga ao maroto destino
Que estou pronta, enfim…
CAROLINE SCHNEIDER
****************************
Tuas tramas que bem teces
Arrefecem, solidificam.
Ajudam-te no sorrir, encantam.
Fortalecem-se e seguem, por fim
Trama tecida
Caminho transposto
Da sombra ao colorido
Agora já bem definido
Faz do abismo a Luz
E do arriscado vôo
Faz do percorrido caminho
Uma nova e bela jornada
Com destino, pouso e morada.
Teus belos cabelos ao vento
As madrugadas enfeitam
Dando graça ao caminhar
E em teu ouvido sussurro
Propostas há tanto caladas
E por Você esperadas
Pois estás Pronta, enfim.
Espero-te // Achei-te (Dueto: Caroline & Rui Ventura)
ESPERO-TE
Espero-te
Como se esperam sonhos bons
Na janela
Aspiro a cada virada de esquina
Encontrar na retina
Um calor que um dia
Já acalentou corpo meu
Mas minha espera é infinda
São incontáveis olhadas
Pra uma esquina maldita
Espera vã, esquisita
Se ao menos soubesse razões
Da ausência que silencia
Todos os acordes
De nossas músicas
[hoje esquecidas]
Poderia passar, quem sabe
Por ti, como quem passa
Por desconhecido
Mas tenho esse vício
De me entregar
Pra amargura
Não te perdôo
Nem mesmo quando
Não restar nem mesmo
Manchas das feridas
Que hoje inda gritam
Abertas, ardidas
Vertendo sangue
sangrando vida
CAROLINE SCHNEIDER
*********************
ACHEI-TE
Abençoada Janela
Às vezes vitral
Às vezes Virtual
Por onde sem mais nem porque
Uma alma do além ( mar)
Aparece não exatamente na esquina
Mas na melhor das horas na janelinha
Assim a espera infinda
Fica por uma linha
Que nada tenha de maldita
E que da esquisita, espera vã
As razões da ausência
De notas musicais não dedilhadas
Estejam finalmente se transformando
Em maravilhosas baladas.
Sim, poderias passar por mim,
Como se um desconhecido fosse
Não fossem os Curumins,
Seus Anjos e Afins
Fazerem com que as esquinas
Em retas curtas e lindas
Deixassem que nossas vidas
Ao calor e aconchego
Um ao outro envolvessem
Em suas teias Bem ditas
E delas levassem p’ra longe
Manchas, gritos,feridas
E o sangue sagrado da vida.
Deixe para sempre de verter
E na sua real função
Demos graças por nos
AQUECER.

Prenda-me (Dueto: Carol & Rui Ventura)
Prenda-me
Se for capaz
De seduzir
Meu lado lunar
Que em fases
Troca em metades
De negro pra branco
Meu sol que pulsa em
Lençóis e hiatos
Há ecos retumbando
Em faróis de meus eclipses
E em minhas crateras
Há fases nuas
Sem luz ou figuras
Onde me escondo
Entre nuvens escuras
Não me vês
Apenas sentes
O clamor alucinante
De meus olhos ardentes
Por isso,
Não me veneres
Pois que sou reles
Lua com sintoma bipolar
CAROLINE SCHNEIDER
******************
Sim.
Soltando-A
Envolvendo-A
Em Teu Querer
Deixando que a Lua
Seja um começo
E as estrelas uma passagem
Para uma meta selvagem
Onde lençóis em desalinho
Te conduzem para o ninho
Onde o universo imenso
Te deixe em desalinho
Senhora de teu Querer
Onde luzes e figuras
Sombras são de teu Ser
E escondida estarás
Para quem não entender
Que a chama desse Olhar
Precisa de respeito, espaço e ar
Assim sim te venero
Pois de reles nada tens
És do universo o ser
Que como átomo tens
Bipolaridade Também.
Sobre fadas e poetas (Dueto: Carol & Rui)
Sobre Fadas e Poetas
Quando pequena, sonhava ser fada,
Que desnudava o mundo concedendo desejos
Com sua varinha de condão
Hoje, sou poeta
Meu condão é minha pena
Que pelas linhas fabrica
Mundo de utopia e aspiração
Ou apenas traduz minh’alma
Translúcida e peneirada
Pela latitude zero
Entre a ponta da esfera
E a celulose e o jargão
Para muitos, enigmático e inexplicável
Este viver bifurcado entre
As leis e os versos
A razão e a emoção
A necessidade e a distração
No entanto,
Eu só sobrevivo
Porque faço do meu poetar
Verdadeiro ofício
A poesia do meu ser
É o que me faz, dia após dia
Renascer
CAROLINE SCHNEIDER
******************
Sim, Poetisa
Tua pena encanta
E nas linhas escritas
A aspiração d’alma trás
Bruta, linda, límpida cantata
E do centro de ti transpõe
Para humanos corações
Alma linda de Fada
Que a poetisa nos manda
Sempre presente, transparente
Compreensiva se bifurca
Entre nós elas atentamente
A todos atende e agrada
E e Seu tempo se sente contente
Renasce
Musa Imortal
E com tua poesias encanta
Do fundo de tua Alma
Todos a quem for dado ler
Sublimes linhas traçadas
Do Âmago de tão encantador
S er
BUSCA (Dueto: Carol & Rui)
Busca
cada passo
mais um laço
faz espaço
no entrecortado
de azuis do amor
e negritude de ódio
formantes de cada ser
em ópio de normalidade
(não importa)
somos matéria livre,
de artificialidade
e na espontaneidade
transbordando emoções
por todos os lados
só resta saber
a buscar
o quê
Carol Schneider
Passo a passo
Em seu espaço
Outro percalço
No Colorido do Amor
Sem lugar para pedaços
Nem ódios nem rancores
Intrínsecos de cada Ser
Nos trazem normalidade
E de matéria que não  somos
A energia que somos
Esta nos dá liberdade
Espontaneidade
De  emoções nos faz
Transportar e transbordar
Por todos os lados
Só tens que saber
Onde está
Se o queres
E Porque
Segura-o
Lamento da musa triste (Dueto: Rui & Carol)
Sou tua fada nua
Oh! Poeta dos vendavais!
Uma musa triste
Deveras cansada de esperar
Por seu poeta ausente…
Que em riste finge
Sem queixas ou pranto no olhar
Sorriso de musa que se sabe amar…
Ponho-me a buscar
O fio do rio que leva ao mar
E o vento bate em meus labaredos cabelos
Que, quais asas, aspiram em tua procura voar
Perfeita teia vermelha fervilha em meu corpo
Delineado por teu negro olhar
Olhos que em busca de inspiração
Já me fizeram tua
Tantas vezes, tua
Carol Schneider
Eis que bons ventos fazem
De repente nos encontrar
De musa triste que vi
A fada nua ficar,
esperanças no limiar
A poeta me promovi
E por lembranças eu vim
Lacunas à musa tapar
Musa amada, encantada
Musa que se tem Amado
E como heroína à tempo
Seu pranto vem sendo calado
Em suas buscas soube
Do Mar caminho encontrar
E com seus vermelhus cabelos
Ao vento se entregar
Só assim nos foi possível
Ora nos encontrar
E dessa fervilhante teia
Cruzando nossos olhares,
Veio a inspiração
E com ela a esperança
De um dia seres só minha
De fada a Musa Nua.
Segredos (Dueto: Carol & Rui)
desvendou-me desejos
entrelinhados
em poesias e formas
ensimesmados de tons
escreveu em minhas costas, nuca e barriga
um poema só meu
poeta sem rima
sem utilizar pena ou mãos
mas, fazendo-se sol nascente
não desvendou segredos
de obscura sombra lunar
em lado oponente
que em velado estado latente
dormitou, deixando-se expor sua luz
à junção do brilho total
à espera d’algum eclipse
há nova fase a se iniciar
e ciclicamente
renovam-se meus segredos
Carol Schneider
Desejos a revelar
Explícitos, implícitos no olhar
Nas formas nos poemas
De tons vários a calhar
Em seu dorso compus
Um poema escultural
E sem rima nem mãos finas
Deixei alto seu astral
De mulher incandescente
Segredos não se desvendam
E de amante a oponente
Descubro seu estado latente
Sonolento, trago-o à luz
Descubro total brilho eminente
Como misteriosa donzela
Em ciclos se desenvolve
E no próximo nos prove
Que mais segredos são só dela.
SOU uma
SOU tantas
SOU todas em uma
SOU eu
em nenhuma…
****
Carol Schneider
És Uma
És todas em Especial
És Todas
És Tu
ÉS UMA
Libertação (Dueto: Carol & Rui)
Pedi um par de asas
E num dia lilás me foram concedidas
(não cheguei a tocá-las)
Negro véu me foi cedido
Para velar minha quimera rasgada em semente
Arrancada em botão
Cinzas ao vento
Sujaram as roupas do varal
O que importam os motivos?
Se os ignora… (Ditador de luz!)
Alforriei-me de teu subjugo
Enquanto sujas tuas mãos
Cavando buracos na terra
Em busca de tesouros e riquezas
Enquanto transpiras em tua face
Correndo atrás das borboletas
E me negas as asas
(Abortador de sonhos),
Não te esqueças que sou feliz,
e não preciso mais de ti
Pois livre sou
E com minha liberdade
Posso agora plasmar minhas próprias asas
E colorir minha própria paisagem
Não careço ouro jóias pedras preciosas ou diamantes
tampouco buscar em lepidópteros minha alegria
porque em mim habita tudo que preciso
eu, metamorfoseada,
transformei-me
de repugnante e asquerosa
larva escrava
em uma linda e colorida
borboleta
por isso…
fique com tuas asas
elas pra nada te servem
de que adianta um par de asas
para quem nem em devaneios sabe voar?…
Carol Schneider
****************************
Criatura sublime
Tuas Asas chegaram
(Não precisas tocá-las)
Seu véu a branco virá
E da quimera nada sobrará
De rosas teu botão será
Os ventos pétalas te trazem
Tuas roupas lindas ficaram
Da (luz ás trevas) levarei o (Ditador)
Sem seus motivos permitir expor
Alforriada foste
E subjugo algum terás,
Deixa que teu algoz cave
Das riquezas a sepultura
E com essa face horrenda
De sua borboletas se defenda
Tuas azas aprenderás
a  plasmar e partirás
(jamais abortador algum,
Em teus sonhos se imiscuirá)
Sim sê A mais feliz criatura
De ninguém precisarás
E tua liberdade te leva
Onde o arco-íris se encontra
E de lá o mundo colorirás
Não, nada valem todas as jóias
E nem insetos precisas
Para teus júbilos achar
Minha musa encantada
Segue tua vida a voar
E assim alegra a todos
Liberta-Te e metamorfoseada
Colore, ri, alegra e dá vida
Devolve as asas que um dia
De mau grado te concederam
E deixa que pobre Ser
Um dia em sonho ao sequer
Possa no ar se mover
Tás livre

  Vida Em Eclipse ( Dueto: Carol & Rui )
Minhas mãos não são mais as mesmas
Desvendei o escuro
De um eclipse solar
De repente, a luz fez-se trevas
E no abismo de mim mesma
Vi ressurgir a seiva da verdade
Obscurecer é renascer
Qual curso de um rio
As linhas das mãos
Alteraram o rumo
Restou só a digital, irretocável
A sugerir a antiga identidade
Carol Schneider
*******************
Mãos mais delicadas experientes
Do eclipse ao sol vieste
E do escuro saíste
Das trevas nada restou
E desse abismo findo
Tua vida e verdade voltou
Faça-se luz, trevas se vão
Tal curso de rio límpido
Suas mãos traçam assim
Encantador promissor e lindo
Rumo novo para o alvorecer
E essa sua digital.
A honra conservará,
Só por isso então
Ela jamais mudará
Segredos da Monarquia (Dueto: Carol & Rui)
Segredos da Monarquia
Escondo-me sob o manto de rainha
Mas quero o súdito mais rude da corte
A penetrar meu ventre ordinário de mulher
Quero gritos de plebéias
Transpiração de rameiras
Gemidos de cortesãs
Que façam ecoar em meu ser as trombetas dos cavaleiros
A guerrear nas savanas do meu reino
Quero ser devorada como faisões de banquetes reais
Sobre colchões de feno
Nos currais
Dou meu cetro de poder
A quem, mesmo de soslaio possa
Retirar-me do mediterrâneo inferno
Que é viver
Sem uma centelha de prazer…
Carol Schneider
**********************
Descobre-te Rainha devassa.
O que procuras aqui
Um reles escravo, um servil
Para que de tão Vil.
Mulher te faça, e a ele servir,
Aromas novos procuras,
E de  pura a eles te dás
Sentes prazer nos gemidos,
Nos urros nos grunhidos,
Nos trapos amarfanhados
Percorrendo teu corpo alado
Te deleitas nos banquetes
Que a eles serves serpente
E não mais que de repente
Em molhos de feno te servem
A servis iguais e dementes
Teu cetro não tens mais
O poder assim trocastes
Por andrajos que de passagem
Te levaram para servir
A guerreiros e andantes.
E  prazeres possas sentir.
E então do Mediterrâneo sair.
**Agora meu poema está no lugar certo,
cumprindo a missão que o fez nascer.
Mulher de Indra (Dueto: Carol & Rui )
Veio
pra minha roda do amor
ao brilho bruxuleante de velas
multicores
deu-me um beijo
pra me virar a cabeça
ajoelhou-se a meus pés
erógenos
amorteceu minha paixão
inóspita
Mulher de Indra
catexizei teu falo
com boca servil e fugaz
entre mordidas e unhadas
apoderei-me de tuas sensações
e axiomas
Dei meus mamilos e nádegas
para que pudesses brincar
como criança a me sugar
Um abraço de Jaghana
te entorpeceu
e no meu colo
te fiz só meu
Entrelaçados
a enroscar-nos
tal qual serpentes
em apoteose
viramos um
por um instante
eternizados
pelo gozo simultâneo
sincronizado
Carol Schneider
***************
Entrei,
Nessa ciranda amorosa
E ao Brilho de velas Multicores
Te beijei, te virei e segurei
A teus pés, sim ajoelhei
Tua paixão quero atiçar
E de inóspito nada deixar.
Sim Mulher de Indra
De tudo a um todo fizeste
Como servil e ciente
Tuas mãos boca e do que mais
Das sensações se apoderaram
Porém a elas retornaram
De teu corpo As partes usei
Róseas roxas vermelhas
Em determinado instante
Nenhuma tinha mesma centelha
Brinquei me deliciei te abracei
E sim, como uma bela mulher
Venceste em tudo o dá prazer
E em serpentes tornados
Entrelaçados em gozo
Que de simultâneos de confundiam
Nossa apoteose declaramos
Para assim quem sabe um dia
Para sempre nos Amarmos
Em sincronismos múltiplos
Onde a apoteose serão Orgasmos.
Espírito da Noite (Dueto: Carol e Rui)
Da monarquia
Remonto o pecado
Fujo de ti,
Em versos alforriados
Minha cruz
Já sinto em meus braços
Tenho na pele
Estigma de ventos passados
Algo no sussurro da brisa
Reprisa absoluta verdade
A mesma espada que te ajuda
É aquela que te traz nocividade
Em lascivos ciclos solares
vou-te a mostrar o domo
minha realeza é meu
maior tesouro
Sou espírito da noite
Ponho em riste tuas fases
Só para ver-te minguar
À sombra de um riso escarlate!
Carol Schneider
****************************
Tua Alforria saiu
Não tens mais que fugir
Vem em versos pequemos.
E assim nos entenderemos
Tua cruz eu mandei.
Que de teus braços levassem
Tua pele, pecadora
Os ventos deixaremos que assem
E da espada nociva.
A seu silvo confundir
Reprisa suas verdades
E nas brisas vou te sentir
E entre lascivos ciclos
A qualquer um domarias
Até a mim princesa Amada
Que te dei as alforrias
E de notívago espírito
A lua cheia embalemos
E entre abraços e uis.
A minguante encontraremos.

Camaleão ( Dueto: Carol & Rui )
Camaleão
Desce ao céu
E sopra ao chão
Risca o tempero do tempo
Num riso naufragado de intento
Sou tua, sem sombra, quase nua
Pra não ter cores a te confundir
Neste Universo que me enlaça a ti
E onde o eterno se situa
Carol Schneider
**************************
Lacertílio
Do céu ao chão,
Do chão ao céu
Matizando o tempo
E salvo do naufrágio, atento
Cheguei para ser teu, te desejo
Inteira, nua, rubra para descobrir
Enfim que o universo te enlaça.
E daqui, passo a ser só e sempre tua.
Insensatez ( Dueto: Carol & Rui )
Num fractal de muros quebrados
Milagres acontecerão
Dissequei minha obsessão
Foi conseqüência desta inquisição
Sou maremoto
Que apaga teu fogo
Que gela teu corpo
E te afoga sem interrupção
Edifiquei um altar provisório
Pra ofertar banquete de restos
Inferno curvado em ofensa
Poupe-me de tua sentença
Já tenho internos demônios
Que me perseguem no negro dos sonhos
E calam-me enfadonhos desejos
De multicromáticos paraíso
Carol Schneider
*********************************
No seu fractal entrei
Para milagres presenciar
Da obsessão salvei
Cacos, retalhos, frangalhos
Que ao maremoto joguei
Teu corpo acalentei
Com fogo te incendiei
Do degelo te livrei
E ao peito te apertei
Teu altar reedificarei
E a eles ofertarei
Nada que te subtraia
E nem mesmo à sentença
Te levarão, nem a Haia
Já que demônios exorcizei
Os teus sonhos colori
Teus desejos satisfiz
E no Paraíso te fiz,
Insensata, mas Feliz
Sopro do Mundo ( Dueto: Carol & Rui)
Um sopro do mundo
Transmutou
Minha tarde vazia
Trouxe folhas de lembranças doces
Que por instantes
Congelaram ciclo
Que torna cinzento
Dantes colorido quadro
De uma vida
Ainda sendo pintado
Agonizo ao ver cores
Perdendo matizes
Vendendo-se
Qual meretrizes
Pra uma palheta
De cinza e negritude
Onde sequer tons pastéis
Povoam a arte
Goticamente serenam-se
Pincéis sob a alma
E tecem amargura
Em pesado linho esticado em figura
Oh, Sopro do Mundo
Conceda-me
Nova aquarela
Carol Schneider
*******************************
Do Mundo o Sopro
Ao que tudo indica
Leve Tal Brisa
De algures veio morno
Aos poucos, Ganha
Graça e Colorido
E em tardes domingueiras
E entrando por noites quase inteiras
Cria, de alguma forma.
Sua Nova Aquarela
Embora não seja como Aquela
Deixa cores mais vivas
Mais maduras
Mais profundas
E tem como Finalidade
Fixá-las para a Eternidade
A negritude ganha cor
O infinito se materializa
A arte é vem com raça
E os tons, ganham graça
Das amarguras a venturas
E no pesado linho
Descansa Poetisa de Candura
Ao Sopro do mundo
O nosso agradecimento
Pois nova e linda aquarela
De repente se fez
É o momento
Homem-Anjo ( Dueto, Carol & Rui)
Tinha aparência de homem
Mas com olhar aproximado, a observar
Poder-se-ia notar
E deduzir, o ser alado que era
Um anjo, do céu, desatrelado de asas
Tão belas quimeras
*
Pegou-me no colo
Para, num adejo solto,
Mostrar-me seus paraísos
Contemplou meus traços femininos
Sussurrou-me doces versos imprecisos
Fez-me vislumbrar ballet de flores multicores
Sentir odores de jasmins e sândalos
Vi borboletas se aproximando
E em meus cabelos firmando pouso
Em questão de instantes
Fui do riso ao choro,
do pranto ao gozo,
do chão ao céu…
*
Cativa do doce querer do querubim
a renascer
decidiu retomar asas e ao céu ascender
*
Só o que sei é que hoje tenho em meu corpo
as impressões, odores e tremores
das digitais de um Anjo transmutado em flores
que em primavera se faz presente
no horizonte do céu do meu olhar
*
Voa, Anjo
Que o vento te trará
Pra mim
Em forma de pétalas
E a alegria em meu ser será sempre completa!
Carol schneider
****************************************
Olha Ele, o ser Alado
Apaixonado, observando
Esvoaçando chega, fez-se notar
Com calma, aproximou-se devagar
Não veio do céu, veio do Mar
Bondoso, carinhoso compreensivo
Sem as asas, para intrusos
Pode ser um castigo
Ao colo te transporta.
De adejo nada lhe sobra
Aos paraísos te leva
Teus traços femininos explora
Com carinhos meiguices e cortejos
Os versos ao papel os leva.
E de tudo o que me aprouver farei
Para que o ballet do Amor
Em meio a multicoloridas flores
Possas dançar, e aromas apreciar
Ao esvoaçar
De belas e graciosas borboletas
Amar e então te apaixonares
Instantes virão
Então te transportarão
Do choro ao riso
Do delírio ao gozo
Do chão ao Paraíso
E em devaneios de gozo
Ao céu da compreensão e Amor
Teu alado, de outro lado chegado
Asas baterá sim,
E outros ventos enfim
Alcançará ou não por si
Se hoje teu corpo reclama
E ao simples lembrar.
Acende a tal da chama
Que nem digitais, nem flores
Nem nenhum somenos odor
Te leva de seu lembrar
E ao horizonte olhar
No Céu te faz espelhar
E se deita a te venerar
Teu anjo voará
Para Ti ao sabor de domados ventos
Em formas que pétalas, borboletas e odores
Com ele a alegria da Magia e do Amor
Te leve a se entregar com todo esplendor.

Vestida de Branco ( Dueto: Carol & Rui )
Dormi vestida de branco
Para tornar-me anjo lascivo
E voar em sonhos até você
*
No caminho, encontrei um querubim
Que me disse, um dia, tê-lo flechado
Com dardo envenenado de amor
Só para mim
*
Ao chegar,
Camisola de renda,
Deixando meu corpo à mostra
Para teu deleite, sem vendas
Tornamo-nos feras
*
Com unhas e dentes
Desnudou-me
Aliterando pulsante desejo
Que uniu dois corpos em um
*
Ofertei-te duas rosas
Róseas, perfeitas
Que tu degustaste
Com olhos, boca e mãos
Prostrastes teu sexo em compaixão
E, com paixão, volitamos até as estrelas.
Carol Schneider
***********************************
Anjo lascivo, te aguardava
Sabia que a mim virias
Graciosa em branco esvoaçar
O querubim, te flechou
Comigo ele encontrou
Avisou-me de tua chegada
Já que o dardo que ele jogou
Em cheio me acertou
E da rendada camisola,
Apenas pedaços sobravam
Depois de desnudar belo corpo
À tanto tempo esperávamos
Em feras nos transformamos
E dos desejos aliterantes
Desnudos logo estávamos
Depois de breve duelo
Onde das vestes nada ficava
E de tuas perfeitas rosas
De róseas, se escureceram
Depois de degustadas
Com tamanha sofreguidão
E em paixão, nossos sexos
Às estrelas nos levaram.
Para nascer daí então
Tão bela e louca paixão.

ANJO SEM FRONTEIRAS – Presente Especial
És como um sôpro
que de uma lufada em meio a temporais
de meus desencantos
fostes sem o saber
designado por uma Mão
a delicadamente preencher
lacunas do meu viver
não conheço teu olhar,
teu cheiro de mar
toque a acariciar
tampouco senti calor esvoaçante
de ser alado que se faz
presença constante
mas transporta-te
aqui, no além-mar
mesmo que desterrado
raízes são postas
no coração sonhador
que não respeita fronteiras
procurando respostas
na busca de amar
*poema dedicado ao meu querido amigo Rui Ventura
CAROLINE SCHNEIDER
De um sopro cheguei
E tal como um vendaval
Teus desencantos quero encantar
E sabendo ou não por qual Mão designado
Aqui devo encontrar e parar
E com carinho satisfazer
As Lacunas de teu Bel viver
Hoje conheço teu olhar
Teu cheiro de leves e variadas fragrâncias
O teu acariciar, meigo e manso como Olhar
E na continuidade conhecerás,
O Calor aconchegante.
E a real presença constante.
Do Além-mar aqui me transportei
Para conhecer Aquela a quem.
Fronteiras, a Vida impôs traiçoeira
E em seu coração sonhador.
Raízes profundas lançar
De um Ser que sim.
Sabe e quer Amar.
**Com este Poema fui Homenageado pela Minha Grande Amiga
Caroline Schneider, resolvi fazer o Dueto.
*OBRIGADO MUSA ENCANTADA. Beijokas para ti
Limpa-me a alma (Dueto: Carol & Rui Ventura
E a meus pés
Jogue brancas pétalas
De pensamentos profanados
Por enganadas ilusões
De silenciados nãos
Postergadas folhas
de adulterados
nós de sinuosas pernas
entre nuvens, sob o
olhar de atento luar
Mostra-me o caminho
da purificação dos sonhos
emaranhados por cipós
de tentações carnais
Quero unir o que dentro
de mim restou quebrado
dissipado em um vendaval
de torpor e ausência de lucidez
Limpa-me a carne
inundada pelo prazer vazio
tão oco quanto restou meu ser
ao perceber que sem ti
não me resta nada
Caroline Schneider
******************************
De brancas pétalas te enfeitarei
De fragrância mil adornarei
Pensamentos,sensações
Ilusões, e com as mãos
Tirarei, nãos, uis, ais…
Transgride,
Deixa que pétalas
Te envolvam.
Sinuosas e longas pernas
Adulteras ao luar
Ao caminho te levo
Dos sonhos te deixarei
Sensações, mil paixões,
Delírios carnais, e virei
A união promova-se
De quebrado a instalado
Lucidez jamais terás
Porquanto em delírio acabarás
Carne limpa,Inundada
De prazeres e ardores, vis
Que de vazios nada terão
E a Teu Ser Transformarão.
Serás Amada!!!
Teus Dedos (Dueto: Carol & Rui)
Teus dedos
Ansiando conhecer
Minha geografia
Fizeram-me rodopiar
Qual zonza e bêbada menina
Num vai-e-vem que me fez ouvir
Teu som como se fora música
Senti o toque de tua arfante respiração
E quis dançar no ritmo do balanço
Do arpejo do teu coração
Subi as escadas de uma ilusão
Fui buscar um gozo quase em profusão
Pontas dos dedos
Fizeram-se sentir
Em cada curva do meu corpo inerte
Entregue inteiro ao teu toque imberbe
Fazendo-me tremer da cabeça aos pés
Senti minhas forças sucumbirem
Levou-me a paraísos sem matizes
Só vi a negritude de uma explosão de prazer
Sinta-me
Sou pele que semeia arrepios
Sou carne que te causa calafrios
Sou energia que transpassa
Racionalizações
Carol Schneider
*******************************
Meus dedos então conhecem
Tão magistral geografia
E fizeram sentir em toques
Tanto sutis quanto fortes
Além desse vai e vem
Alguns dos mais profundos quês.
Sentimentos que também,
Mesmo te deixando arfante,
Te fizeram desejar,
Ainda que por instante
Que o momento fosse além
E assim rodopiando,
Do languido sono ao Éden
Desce essas escadas.
Deixe que novamente
Te faça p’ra sempre entender
Que de gozo em gozo sentirás
Além daquele torpor
O quanto tudo isso leva,
Você a sentir o Amor
Deixa que as forças sucumbam,
O paraíso chegue, então
E na negritude da solidão
Entrarás em profusão.
Senti-te
Tua pele me faz mal, arrepia
O Mal que Bem me Faz,dá euforia
E nessa energia que trás
Amor nos leva e Realiza
Livre eterno irracional,
Enfim!!! Amor Normal.
Gotas Encantadas ( Dueto: Carol & Rui)
Descem  por um vendaval
de curvas molhadas
em direção ao ventre
gotas, encantadas por
intocada orquídea
que não perdoa
quem a toca à toa
em gotículas, seguem
auspiciosas e itinerantes
e gemem, pelos
portais
do Éden
Carol Schneider
************************
Hó!!  Vendavais!!!
Que com graça me trazeis
Gotas que a embriagam
Pelo seu ventre arrulhando
Por orquídeas secadas
Em movimentos suaves
Que jamais te perdoam
Por deixá-las tocar-te à toa
Tuas gotículas,
Ainda rebeldes, teimosas,
Secarei, antes que cheguem.
Ao Éden, e com  elas.
Te Deliciarei.
Visões Paralelas ( Dueto: Carol & Rui)
Há um mundo paralelo
Que só existe em cada ser
Eu me reciclo, transformo o mundo
E a realidade de viver
Se tu me pedes, pegas na minha mão
Depois, caminhas comigo
Mesmo assim
Não terás minha percepção
Carol Schneider
*****************************
Do Paralelo…
No paralelo, do mundo
Que nesse ser é notável.
Sua metamorfose acontece,
E o mundo se enternece.
Viver na realidade
De mão dadas com, Seu EU
E em caminhadas,
Longas e seguras
Sua percepção aflora.
Navego – (Dueto:Carol & Rui)
navego
num espaço
de aliterações
e formas
vou de encontro a muros
intransponíveis
acho-me entre ondas perfeitas
porém fatais
e sedutoras
entrego-me às marés
de vícios incautos
e atiro-me às incertezas
de sentimentos insanos
navego
sem calmaria
à vista, nenhuma terra
sem norte, sem rumo
meu destino
é tão incerto
quanto a certeza
da morte a findar
a vida
Carol Schneider
*************************************
Divaga
No universo
De imensidão
Ausente de formas
Pelos muros cruzas
Qual uma pluma
E entre nuvens, perfeita
Tal fada encantada
Seduz
Entregue-se aos ventos
Aos prazeres, ás dúvidas
E em sentimentos insanos
Navegas
No mundo de sonhos
O norte dispensas
À vista ocultos desejos
Teu destino, o prazer
Tão incerto, quanto certo
Quanto à certeza.
Da eternidade,
Dessa Poetisa, em vida
A quem a pena
Imortaliza


Encontrei o Amor ( Dueto: Carol & Rui)
Encontrei o amor
Sentimento verdadeiro
Daquele que se sabe pelo olhar
Nos olhos cor-de-mar
Vi-me refletida, poetisa derretida
Afrodite embevecida
Por sorriso quase secular
Num instante, pensei que fosse desmaiar
Para noutro, deixar a outra metade de mim reacoplar
E no instante, em que escrevo estas bem traçadas linhas
Não sou mais aquela
Sou limpa
Porque hoje sou rainha
Sei conjugar o verbo amar
Caroline Schneider
**************************
Amor não se encontra, nasce
Sim o sentimento é verdadeiro
Sabe, em olhar, atitudes.
Mas principalmente nas quietudes
Os olhos da cor que queremos
Onde  refletiste. Poetisa,
No opaco, não, em teu coração
Lá sim, tens Amor,Brilho canção
E de lá sim sai seu Amor
Há que entende-LO
Deixá-Lo…Libertá-Lo
Nele confiar, não ter medo
As linhas se traçam
Não serás, não mais aquela
És singela, Linda, divina
Rainha hoje e sempre
E o verbo Amar.
Saberás então conjugar.
VIDA CIGANA (Dueto: Carol & Rui)
Esta vida é cigana
Idas e vindas
Até mesmo em um só dia
Cigana a vida
Parto de mim
Em porto distante
Espero por ti
Em cada pedaço de momento
Olho o tempo
O impossível
Imprevisível
Vivo a ilusão
Do teu aconchego
E esta parte de mim separada
Por quanto tempo?
Vou até o mar
Volto dos teus olhos
Que abrigaram
Meus mergulhos
Meus rodeios
Anseios
Esta vida
Andarilha
Pegou-me de surpresa
E esta trilha há de levar-me
À súbita cura da minha tristeza
Caroline Schneider
********************
Cigana…
Cigana ou não
Idas e idas
Sempre p´ra dentro
P´ra Ti para o alto
Parte de Ti
Num ponto interior
Sim espero-Te
Sempre e para sempre
O tempo me diz
Sim espera-A
Sem ilusão
Com determinação
Aconchegando-A
Perto se perto
Longe e sempre perto
Por pouco tempo
No mar vejo
Todos os dias
Tua imagem reflete
Sem rodeios
Linda , altiva manhosa
Feminina sem anseios
De cigana a mundana
Sem armadilhas
E pelas trilhas
A súbita alegria
Dos desejos se alforria
VIVA ( Dueto: Carol e Rui )
VIVA
intensamente
todos os dias
o seu querer
OLHE
para dentro de si
e dos outros
o que queres pra si
VEJA
as belezas da vida
EMBRIAGUE-SE
da água da chuva
a lavar-lhe a alma
e ria de si mesma
EMPANTURRE-SE
do doce mel que é
ser feliz a cada dia
sem querer ser ninguém outro
que você mesma
ESCUTE
a música que vem de si
o ritmo de seus passos
a cadência de sua voz
OBSERVE
a harmonia de suas mãos
a leveza de seu toque
a sincronia do seu caminhar
REDESCUBRA
o prazer de se amar
PERCEBA
em seus olhos o brilho que só eles possuem
em seu rosto as linhas
que são parte da história da sua vida
e esta história, é seu tesouro mais precioso
e LEMBRE-SE
que o escritor da sua vida é
você
e o destino e o desfecho da trama
estão em suas mãos
por isso
reserve um tempo
para pensar se o roteiro está certo
para chegar ao destino que quer
e se não estiver…
ainda é tempo de mudá-lo!
apaixone-se pela vida!
apaixone-se por VOCÊ!!!
Caroline Schneider
****************************************
VIVAMOS
Intensamente
Cada segundo
Como ele só
OLHE
As maravilhas
Em si e ao
Seu redor
VEJA
As grandes belezas
Nas pequenas coisas
EMBRIAGUE-SE
Com a natureza
Deixe ela
Lavar-lhe a alma
EMPANTURRE-SE
Das delicias do dia
Dos nascer e por do sol
E sinta-se e valorize-se
ESCUTE
Os tons e sons
De seu interior
O perfeito uníssono
OBSERVE
Quanta harmonia
Quanta leveza
Quanta graça ao se deslocar
REDESCUBRA
Como é incrível se amar
PERCEBA
O brilho impar dos olhos
A harmonia de suas linhas
Delineadas pelo tempo
E do tempo o mais precioso
Herdaram graça e
Maturidade
LEMBRE-SE
Você escreve sua vida
Você determina o caminho
Escolhe a velocidade
Reserve-se tempo
Para meditar
Para Amar
Para admirar
Para gostar
Enfim
Você não pode mudar
Passou mas pode sim
Determinar um novo fim
Apaixone-se
Acredite
VIVA.
Desilusão (Dueto: Carol e Rui)
Desilusão
Implícito suplício
Num perdido olhar
De máculas
Verde silogismo
Vislumbrava
O que teria sido
Não fosse a realidade
Verdadeiro silício!
Suplantar-lhe
Ilusões
Carol Schneider
********************
Sem suplício entenda.
Olhar de outro,te iludiu
É externo cuidado, frio
Falso miúdo aturdiu
Falsidade,vislumbrada
Sentida, sem realidade
Suplante-a, erga-Se.
Se firme deixe de ilusões
Sensualidade (Dueto: Carol & Rui)
Sensualidade
É ter sensibilidade na pele
e saber sentir o real toque
É apreciar o desejo
É viajar no pensamento e no prazer
Sensualidade faz bem pra alma
Um olhar, um toque, um sorriso maroto
Sensualidade é ser feliz…
E se amar, antes de tudo!!!
Carol Schneider
****************
É Magia
Aflorando à simples menção
Aquele que vem do interior
Que será sempre compartilhado
Daquele ao lago está preparado
Um Alimento Sublime
Gracejo, um beijo, um afago
Com quem a tenha de sobra
E na cumplicidade se compreender
Amado,Estar e Ser. –


Ritual da Marquesa ( Dueto Carol e Rui)
Venda-me os olhos
Para desvendar
Meus paraísos
Prazeres ocultos
Acobertados a sete véus
Do inculto
Loucura, inexatidão
Palavras não ditas
Malditas…
Sensações
Ata-me as mãos
Para suscitar
Desejos cálidos
Fulminantes anseio
De desamarrar-me
E sentir com o tato
O que sei saber com sabor
De desejosos lábios
Tapa-me a boca
Para abafar
Gemidos latentes
Ferventes
Arrepios gerados
Pela sinergia
de nossos corpos
ardentes
Incendeia-me
Inflama meu corpo
E minh’alma
Com o fogo de nossa paixão
Sou tua
Nua marquesa
Vem rematar
Esta parte de mim
Que crua

te espera
Caroline Schneider
De Olhos vendados
Ao paraíso te levo
Dos Prazeres ocultos
De Marquesa a Rainha
Pelos véus te prendo
Acontece o indulto.
De sensação em sensação
Sem palavras encontrar
Bendita
É essa Paixão
Inspirada,
Maniatada.
Desejos Aflorados
Solta-te
Sente o contato
E Em devaneios
Entrega teus lábios
Experimenta do Amor o sabor
De Tua Boca.
Gemidos ferventes
Abafo em torrentes
Arrepios gelados
Ao calor do Amor
Serão transformados
Pela sinergia
De corpos molhados
Incendiei-te
E de corpo ardendo
Tua Alma adentro
E ali o fogo da paixão fomento
Sim, és.
Nua Marquesa
De ti fiz  Rainha
Nua Crua ardente
Sou teu,Serpente
Amo-te ( Dueto: Carol & Rui )
Amo-te
Amo-te mais que ao mar
Mais que ao simples pensar
Nas flores
Pureza de cores
Brilho da luz da manhã
Amo-te mais que me cabe
Em meu próprio coração
Mais do que diz na canção
Ou na emoção dedicada em poema
Que uma pena ligeira
Rabiscou com exatidão
Amo-te mais que “eu te amo”
Pode traduzir em palavras
Porque palavras pensadas
Não dizem tudo que sinto
Amo-te mais que uma vida
Amo-te mais que a alegria
Oriunda da sintonia
De duas almas que se encantam
Amo-te!
E quero gritar ao mundo
Pois não me cabe no peito
bem fundo
Amo-te
E quero gritar para ti
Pois sei que sabes que te amo
Mas quero gritar bem alto
Pra ecoar em teus ouvidos
E sempre fazer sentido
As palavras que agora te digo
Amo, hoje e sempre
Pois o amor que me pulsa e me arde
É amor de verdade
Nunca há de terminar!
Carol Schneider
**************
Ao mar não Amo mais que a Ti
Nem mesmo num simples pensar
Das flores e suas cores ao ar
À beleza da natureza
Por Ti sou, brilho e sutileza
Nesse coração Enorme
Não tem Amor que não caiba
Nem pena que por ligeira
Possa sequer de leve
Descrever com exatidão
Esse Amor  menina trigueira
De tão nobre Coração
Amor por ti, nunca demais será
Por sublime e encantadora
Em palavras, impossível se tornará,
Amor assim expressar
A Ti “Vida” Amor devoto
Com Alegria, te vejo infinita
Da sintonia perfeita
Que encanta e sempre te agita
A Ti Amo
Ao mundo meu grito estenderei
E do mais profundo do meu Ser
O Grito de Amor externarei.
Assim gritarei Te Amo
E irás então ouvir
Dos sons o repicar
Que sempre se fará sentir,
Em teu magnífico Estar
A saber há, o que te digo,
Amar-te-ei hoje e de castigo,
Assim  continuarei,
A essa verdade cultivar
E por ti sempre estar
Todo Amor a renovar.
Te AMO…..
Doçura do meu fel ( Dueto: Carol & Rui )
instiga-me
a retirar o véu
mostrar-lhe a alva doçura
do meu fel
desvendada entre quatro paredes
ou entre terra e universo
por dentre estrelas cadentes
faz-me iluminar
por entre curvas
que me cercam
procura a que te leve
ao jardim
de escondidos paraísos
lá onde habitam
meus mais recônditos
desejos inda não ditos
depura-me
em linhas de sins e de ais
e me cala
no momento de ápice da explosão
em que tudo se sinta
mas não se possa ouvir
e o corpo estremeça
em torpor
de amortecimento e calor
voltando, lentamente,
a ser o que jamais foi
mas que aparentemente
assim o era, assim o foi:
um precipício lançando-se
ao céu!
Ganhe asas…
E retorne em aconchego e calor!
Caroline Schneider
************************
Do Fel Ao Doce
Sem Véu, e nessa alva doçura
ao fel adeus dirás
se ao universo exposta
por mãos amantes virás
a conhecer quiçá os paraísos recônditos
onde novos e alvissareiros desejos
de onde guardados estão
p’ra fora em gracejos  virão
Iluminada Tu és
E como rara flor
No teu jardim escondida
Dá-me a conhecer
As curvas que ao paraíso
Levarão para de lá
Poder sempre trazer
Novos ais e uis novos ditos
Por essas linhas passei
Delas os ais e uis escutei
E lânguida voltaste
Oh!! Musa encantadora
Parecias vinda de Marte
Ainda o tempo deixou
Que outros sons externasses
E no amanhecer escutasse
Lentamente ao te voltares
Oi Bom dia  e o oiiii
De quem descansou em paz
De quem relaxado estava
E a meus braços voltava
Para ao céu se lançar
Ganhe Asas …..deixe o fel
E com mel Viva Vibre Ame
Torne-se Calor!!!!!
Meu Amor.
Rui Ventura
Amar Também se Aprende ( Dueto:Carol  &  Rui )
Maluca!
Chamaste-me
quando disse-lhe
que te amavas…
Mas quando soubestes
que o amor era
de tamanho
incalculável…
Quiseste-o só para ti.
Foi então que começastes
a matá-lo…
Pois o amor não basta em si
Amor é pra ser dividido,
pra ser ofertado
Só assim
o amor sobrevive…
Carol Schneider
**************
Doida
Serias.
Se Amar Não saberias
Pois não ousavas Amar-te
Assim descobriste
Que Amar é a Arte
De se Dar sem Receber.
De Gostar sem perceber
De querer sem ser querido
E neste ser e não ser.
Aprende A ser o teu preferido.
Ama-te
Pois o Amor nasce em ti
Doa-te.
E deixa que ele flua
Amor ao Próximo.
Ame. Ame-se. Cultive
O Amor é Lindo.
Externe-o ou elimine-o
AME-SE